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Foto do escritorSeneca Evercore | Notícias

Só três empresas tiveram valorização maior que o CDI desde IPO. Veja quais


(O Globo) Segundo um levantamento da Seneca Evercore, 74 companhias brasileiras estrearam na bolsa de valores desde 2018, mas apenas 12 delas tiveram um desempenho nominal positivo em relação ao seu preço fixado no IPO.


Mariana Barbosa


As aberturas de capital tem o poder de atrair novos CPFs para o mercado de capitais — mas a realidade dos últimos anos é de frustração para esses novos investidores.


Desde 2018, 74 companhias estrearam na Bolsa brasileira, mas somente 12 — 16% do total — tiveram um desempenho nominal positivo em relação ao seu preço fixado no IPO, mostra um levantamento da assessoria de investimentos Seneca Evercore.


Numa comparação de desempenho com o CDI acumulado desde a estreia na bolsa, somente três empresas (4%) tiveram uma performance positiva: Cury Construtora e Incorporadora (CURY3), Orizon (ORVR3) e Caixa Seguridade (CXSE3).


— O risco de se investir em um IPO ainda é bem maior do que em uma ação que já possui um longo histórico de performance. Nossa experiência no Brasil tem demonstrado que poucas empresas que fazem IPO acabam por se tornar bons investimentos e, nesse sentido, conseguir distinguir os poucos ganhadores nessa corrida é de extrema dificuldade. Em um país com taxas de juros reais tão altas, precisamos ter algo extremamente forte e convincente para que um investidor, pessoa física, queira realmente alocar parte importante de sua poupança em histórias de IPO no Brasil — diz Daniel Wainstein, sócio-diretor da Seneca Evercore.


O jejum de IPOs na bolsa soma quase três anos. A última empresa a abrir capital foi a Vittia, em agosto de 2021. Naquele ano, foram 46 operações, que resultaram em uma captação de R$ 65,6 bilhões.


— O momento atual apresenta um maior risco para esse tipo de investimento do que percebíamos, por exemplo, no início desse ano. A bolsa brasileira, assim como outros ativos locais, enfrentaram uma pressão significativa ao longo do segundo trimestre de 2024. Embora parte do desempenho fraco possa ser atribuído a fatores globais, como os juros americanos em níveis altos, o enfraquecimento recente é principalmente impulsionado por fatores locais. Fatores como a falta de um âncora de política fiscal crível e uma abordagem inconsistente à política monetária, principalmente quando falamos do discurso inconsistente vindo do governo federal, vem levando a essa exigência por maior prêmio pelo risco. A recente decisão unânime do Banco Central em manter nível atual da Selic forneceu alguma tranquilidade ao mercado, mas um alto nível de incerteza permanece dentre investidores, o que, obviamente, prejudica desempenho de nossa bolsa — diz Wainstein.


Publicado no O Globo em 25 de junho de 2024

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