top of page
Foto do escritorSeneca Evercore | Notícias

“Deserto de IPOs” mexe no bolso? Menos de 10% bateu o Ibovespa em 10 anos, diz estudo

(InfoMoney) Maioria das ações listadas a partir de 2014 está no vermelho na comparação com o preço de estreia, mostra levantamento; veja lista


Por Leonardo Guimarães


A seca brasileira de IPOs já dura mais de três anos, a maior da história, e nenhuma oferta é esperada no curto prazo. No entanto, apesar do bom sinal que as aberturas de capital passam sobre a saúde da economia e o mercado acionário, o desempenho das empresas que estrearam na Bolsa na última década não é nada animador. 


Um levantamento da Seneca Evercore mostra que apenas 9,5% das 84 ofertas primárias nos últimos dez anos têm rendimento acumulado maior do que o Ibovespa na mesma janela. 


O dado desconsidera as nove ações que foram listadas nesse período, mas que saíram da B3, como NotreDame Intermédica, que realizou fusão com a Hapvida (HAPV3), Banco Inter (INBR32), que migrou para a americana Nasdaq, e o Banco Modal, adquirido pela XP.

As únicas que superam o Ibovespa são Ambipar (AMBP3), que dispara 385% desde a estreia na Bolsa, Cury (CURY3), com 116% de valorização, Orizon (ORVR3; 105%), Plano & Plano (PLPL3; 52%). Wilson Sons (PORT3; 48%), Caixa Seguridade (CXSE3; 44,56%), Grupo GPS (GGPS3; 42,97%) e PetroRecôncavo (RECV3; 11,4%). 


Além destas, apenas outras sete empresas acumulam retorno positivo desde que estrearam na Bolsa brasileira. O restante (82,1%) opera em patamar abaixo do praticado no IPO.


Ajustando o preço do IPO pelo CDI acumulado no período, apenas Ambipar, Cury e Orizon têm retorno positivo.


Os dois setores com mais aberturas de capital desde 2014 foram varejo (17) e tecnologia (14). Mas quantidade não quer dizer qualidade: todas as ações acumulam queda desde a estreia. 


Por outro lado, houve apenas cinco IPOs de companhias ligadas a commodities, mas o desempenho médio é de valorização de 57,2%. 


Veja as ações que superam o Ibovespa nos últimos dez anos, considerando o preço fixado no IPO:

Ação (ticker)

Valorização (%)

Ambipar (AMBP3)*

385

Cury (CURY3)*

116

Orizon (ORVR3)*

105

Plano & Plano (PLPL3)

52

Wilson Sons (PORT3)

48

Caixa Seguridade (CXSE3)

44,56

Grupo GPS (GGPS3)

42,97

PetroRecôncavo (RECV3)

11,4

Fonte: Seneca Evercore

*Superam o CDI desde o IPO


A bolsa brasileira tem enfrentado uma seca significativa de IPOs nos últimos anos, refletindo um cenário desafiador para o mercado de capitais. Após um período de otimismo em 2021, quando foram registrados 42 IPOs, o número despencou para zero em 2022, 2023 e 2024. Antes disso, a atividade de ofertas públicas iniciais variou bastante, com 26 IPOs em 2020, mas apenas um em 2018 e 2019, e apenas um por ano entre 2014 e 2017.


O boom de 68 ofertas primárias entre 2020 e 2021 trouxe as últimas companhias listadas na Bolsa. O IPO mais recente na B3, da Vittia, (VITT3), aconteceu em setembro de 2021 e já completou três anos.




8 visualizações

Commentaires


Les commentaires ont été désactivés.
bottom of page